Dr. Jorge Huberman

Rinossinusite aguda: sintomas e tratamento

A rinossinusite aguda é uma infecção das cavidades nasais e dos seios da face, cuja origem pode ser tanto viral, como bacteriana. Também classificada como “resfriado”, a rinossinusite viral (ou resfriado comum) é bastante frequente até os sete anos de idade. Ela pode ocorrer entre seis a dez vezes por ano nesta faixa etária. Porém, menos de 10% das infecções virais progridem para uma rinossinusite aguda bacteriana. Este é, portanto, o tema que vamos abordar neste artigo; rinossinusite aguda: sintomas e tratamento.

Em seus primeiros dias da rinossinusite, os sinais da doença costumam ser obstrução nasal, dor de garganta, espirros, coriza clara e falta de apetite; tudo isso associado com febre.

Remédios são importantes nesta fase.

Após o terceiro dia, febre, dor de garganta e a falta de vontade de comer tem a tendência de sumir.

Fora isso, a secreção nasal acaba ficando mais espessa, verde ou amarela; a tosse e a obstrução nasal, no entanto, permanecem.

Este cenário pode se ampliar por dez dias, porém a criança apresenta melhora de forma progressiva.

Vale ressaltar que para este tipo de rinossinusite, não resolve utilizar antibióticos, já que os mesmos não atuam contra os vírus.

As limpezas nasais com soro fisiológico ajudam a reduzir a obstrução nasal e a tosse derivados da secreção nasal.

Não se recomenda fazer um raio-X na criança para identificar a rinossinusite bacteriana.

A radiografia só constata que há rinossinusite, mas não detecta se ela é viral ou bacteriana.

Alguns sinais estão ligados à rinossinusite em sua forma bacteriana.

Eles podem ser concentrados em três grupos diferentes.

Rinossinusite aguda: saiba quais são os sintomas e o tratamento

Menina com nariz congestionado: sinusite aguda tem 3 sintomas
Menina com nariz congestionado: sinusite aguda tem 3 sintomas

São três os sinais constantes da rinossinusite aguda.

Acima de 12 dias, considerados como sintomas mais demorados: a secreção nasal, com abundância, obstrução nasal e tosse persistente.

Este é o modo mais frequente e não ocorre com febre.  

Com sinais mais rígidos, desde o início, os pequenos têm febre alta e secreção verde ou amarela em abundância, diferente da secreção aquosa, que encontramos na infecção viral.

O terceiro cenário é o pior de todos. O quadro não evolui depois do quinto dia.

De maneira oposta, só piora.

No progresso normal de uma infecção viral, o episódio médico começa com febre, prostração e secreção aquosa.  

Depois do quarto ou quinto dia, os sinais têm a tendência de melhora.

Se há uma infecção bacteriana, a febre retorna, o estado geral piora e, com frequência, a tosse e a secreção nasal aumentam.

Fale com o pediatra que assiste o seu filho, pois a análise de rinossinusite bacteriana exige receita de antibiótico para o seu tratamento.

Da mesma forma, é o pediatra que também vai optar se além do antibiótico deverão ser usados outros tipos de remédios.

Há essa hipótese se a rinossinusite insiste em retornar, ou até mesmo se a criança já tiver tomado antibiótico de forma recente.

Se a criança estiver com os olhos inchados ou esteja muito prostrada, também se aconselha a avaliação de um otorrino.

“A etiopatogenia e a fisiopatologia da rinossinusite estão relacionadas a múltiplos fatores, que podem ser locais ou sistêmicos”, diz o pediatra Jorge Huberman.

“O conhecimento destes fatores é importante para o tratamento adequado e o controle da doença”, explica o neonatologista Jorge.

“Qualquer fator que cause obstrução dos óstios sinusais (dificultando a drenagem e a oxigenação), disfunção do transporte mucociliar (TMC) e deficiência imunológica do paciente, resultando em crescimento de patógenos, poderá ser predisponente para instalação dessa doença”, aponta o especialista.

O neonatologista Jorge examina paciente durante consulta particular: qualquer fator que cause obstrução dos óstios sinusais poderá ser predisponente para instalação dessa doença
O neonatologista e pediatra Jorge Huberman examina paciente durante consulta particular: qualquer fator que cause obstrução dos óstios sinusais poderá ser predisponente para instalação dessa doença

Rinossinusite aguda: sintomas e tratamento na infância

A rinossinusite é um dos problemas médicos mais comuns de saúde pública, e vem aumentando nos últimos anos.

Acreditado-se que de 5 a 13% dos resfriados comuns progridem para um quadro sinusal.

Normalmente, uma infecção viral, sem complicações, dura de 5 a 7 dias, com picos de intensidade e melhora gradual.

Permanecendo os sintomas respiratórios acima de 10 dias, sem sinais de melhora, tem-se uma infecção bacteriana dos seios paranasais, a rinossinusite.

De outra forma, os pequenos com secreção nasal purulenta e febre alta, habitualmente acima de 39°C, que tem duração superior a 4 dias, também insinuam uma infecção sinusal bacteriana.

Já a prevalência da rinossinusite crônica (quando a infecção tem duração mínima de 12 semanas) permanece incerta, já que há grande variedade de sintomas.

Nestes casos, entre os sinais mais normais, na infância, estão: secreção nasal amarelada; obstrução nasal; secreção retrofaríngea, aquela que desce do nariz para a garganta; tosse; mau hálito; dor de cabeça, entre outros.

A tosse piora ao se deitar ou no decorrer da noite, em crianças pequenas.

A sensação ruim de pressão na face pode ser revelada por crianças mais velhas. Do mesmo modo que a cefaleia, mesmo frequente, é mais relatada pelos jovens ao longo dos anos.

É importante lembrar que algumas crianças podem ter comprometimento dos ouvidos por causa rinossinusite, já que existe grande proximidade das estruturas envolvidas.

Como é feito o diagnóstico da rinossinusite?

Menina usa papel para tentar descongestionar o nariz: histórico clínico dos pacientes ajuda na realização do diagnóstico da doença
Menina usa papel para tentar descongestionar o nariz: histórico clínico dos pacientes ajuda na realização do diagnóstico da doença

Em primeiro lugar, para realizar o diagnóstico do paciente, conta muito a sua história clínica.

Certamente, o exame físico do otorrino traz sinais que auxiliam na identificação do problema.

Do mesmo modo, análises complementares podem ser requisitadas.

Em quadros mais agudos, o pedido de radiografia de seios paranasais é muito discutido, tendo, teoricamente, pouco valor em crianças abaixo dos 6 anos de idade.

Enquanto isso, nos pequenos que tenham suspeita de complicações da doença, o ideal é fazer a tomografia computadorizada dos seios paranasais.

Da mesma forma, outra avaliação feita em consultórios e hospitais, é a videonasofibroscopia (uma avaliação endoscópica da via aérea superior), que oferece dados fundamentais ao diagnóstico, sendo o quadro agudo ou mesmo crônico.

Cabe lembrar, ainda, que nos casos de rinossinusite bacteriana aguda, aconselha-se o uso de antibióticos com o objetivo de proporcionar a cura, para livrar-se de complicações e precaver a transmissão da doença.

Enquanto isso, em casos de quadros crônicos, o uso de antibióticos é bastante recomendado, sendo feita a sua utilização por, ao menos, 21 dias.

Assim sendo, o tratamento irá abranger não só o quadro sinusal, mas todos os aspectos que podem estar associados.

Podem ser administrados também, como terapia complementar, além do antibiótico, anti-histamínicos, corticóides tópicos e sistêmicos, descongestionantes, lavagem nasal e expectorantes.

Assim como ocorre com os adultos, uma eventual cirúrgica da rinossinusite crônica na infância é recomendada quando existe alguma falha no tratamento medicamentoso.

Nestas situações, as recomendações médicas variam, desde a adenoidectomia (retirada da adenoide) até a abordagem cirúrgica dos seios paranasais.

Para marcar uma consulta com o pediatra e neonatologista, Dr.Jorge Huberman, ligue para (11) 2384-9701.