O nascimento do bebê e seus primeiros meses de vida se traduzem em momentos mágicos para os pais. Além disso, é neste momento que é preciso ter o maior cuidado, principalmente com algumas partes do corpo da criança. Um dos principais locais que causam dúvidas e preocupações nos pais, logo nos primeiros dias de vida, é a moleira do bebê, ou também chamadas cientificamente de fontanelas. Por esse motivo, vamos abordar neste artigo o tema, o que é a moleira do bebê; quais cuidados devemos tomar?
Em primeiro lugar, justifica-se o nome científico: fontanelas no plural, pois todo bebê nasce com uma fontanela anterior, chamada de bregmática e uma fontanela posterior, chamada de lambdóide.
No entanto, a moleira do bebê não deve ser motivo de susto, apenas de atenção.
A função da moleira é auxiliar na saída do bebê na hora do parto.
Contudo, posteriormente, o crescimento cerebral mais importante se dá no primeiro ano de vida, e as moleiras existem para comportar esse crescimento.
Mas afinal, o que é a moleira do bebê?
Antes de entender sobre a moleira, é necessário saber que o crânio de um nenê, recém-nascido, é formado por um total de seis ossos.
Além disso, possui uma camada mais flexível e elástica que recebe o nome de sutura.
Com a formação dos ossos, as suturas funcionam como articulações que promovem a união dos ossos no calvário, até que todos estejam juntos, formando o crânio da criança.
Entre essa união dos ossos, temos os espaços chamados de moleiras. Todo bebê nasce com duas fontanelas, uma anterior, que é um pouco maior, com espessura de até dois dedos e a moleira posterior, que está localizada mais atrás do crânio e possui menor diâmetro.
Porque a moleira do bebê existe?
O principal motivo para que todo bebê tenha o tecido mais sensível e este tipo de formação craniana é por conta do nascimento e a formação nos primeiros dois anos de vida.
Ao nascer, os ossos do crânio não estão totalmente ligados, e por isso permitem mais flexibilidade e adaptação na saída do canal do parto.
Depois disso, com o corpinho em formação, a moleira do bebê auxilia na adaptação do crânio com o crescimento.
Afinal, durante o primeiro ano de vida, o cérebro atinge metade do tamanho que terá quando adulto e finaliza seu crescimento no término do segundo ano de vida.
“Acompanhar o tamanho da cabeça não é importante apenas durante a gravidez. Mesmo que a criança nasça saudável, o pediatra deve medir a circunferência da cabeça em todas as consultas realizadas no primeiro ano de vida do bebê”, explica o neonatologista Jorge Huberman .
“A medida revela o crescimento cerebral e, a partir dela, é possível detectar precocemente várias doenças neurológicas”, diz o pediatra.
Fechamento da moleira do bebê; o que é a moleira do bebê e quais cuidados devemos tomar?
A pergunta que não quer calar é: qual o prazo de fechamento das moleiras? Ou seja: quando elas desaparecem?
Pois bem, o período médio desse fechamento é de 12 a 18 meses para a moleira anterior (parte de cima da cabeça) e cerca de 2 meses para o posterior (parte de trás da cabeça).
Contudo, neste momento, é necessário analisar e acompanhar o fechamento da moleira junto ao pediatra, pois existe muita desinformação sobre o assunto, como, por exemplo, quando o fechamento da moleira do bebê ocorre muito precocemente.
Nestes casos ocorre a condição de cranioestenose, que embora exista, é extremamente rara.
Socialmente, é mencionada como “doença da moleira fechada”.
No entanto, diferente do que muitos dizem, isso ocorre por influência genética, mas pode ser diagnosticada por exames de imagens.
Quando a moleira do bebê apresenta movimentação; saiba quais cuidados tomar
Como estamos falando de um tecido bem elástico de membrana molinha, é comum que ao observar esta parte da moleira do bebê, a mesma apresente movimentos.
Contudo, na maioria das vezes, é apenas a pulsação do sangue passando por esta região. Então, não se preocupe!
Quando a moleira do bebê estiver um pouco mais alta que o comum, isso pode significar uma pequena dor de cabeça que o bebê esteja sentindo ou até mesmo uma ação de choro.
Há também um volume maior da moleira quando o bebê se deita.
O que é importante notar? Perceba quando a moleira do bebê estiver com uma cavidade mais afundada, por que isso tem total relação com a desidratação do bebê, já que a região concentra muito líquido.
Mas, não se desespere! Isso só ocorre apenas em casos extremos de desidratação, e quando acontecer deve ser sempre acompanhado.
Na rotina diária, ao lavar a cabeça, passe a mão suavemente pela região, evitando apalpar ou apertar a moleira.
Também é importante evitar o uso de acessórios que pressionem a região como faixas, presilhas e bonés.
Ainda que se siga uma boa higiene, é possível que se forme uma espécie de sujeira ou casca nesta região. Então, para não fazer pressão na hora da limpeza, os pais podem limpá-la com algodão e óleo de bebê, passando, suavemente, no lugar sujo.
Não deixe de dar carinho!
É super compreensível um cuidado maior, já que estamos falando de uma região sensível, mas o que ocorre é que muitas pessoas deixam de passar a mão ou acariciar a cabeça do recém-nascido por conta da moleira.
Evitar este contato não é necessário.
Obviamente, como o nariz, orelha e boca, a moleira é um tecido mais elástico, e por isso, não se deve apertar ou fazer contato forte.
Para os pais, uma dica de manter a criança ainda mais segura é colocar alguma proteção na cabeça do bebê neste período. Isso porque, por ser uma parte do corpo que leva um terço do peso, as quedas e tropeços tendem a levar a cabeça como primeiro contato com o solo.
E, para reforçar, faça acompanhamento periódico com o pediatra para medir o perímetro cefálico e observar o fechamento da fontanela.
Para marcar uma consulta com o pediatra e neonatologista, Dr. Jorge Huberman, ligue para (11) 2384-9701.